Um grande jardim no meio dos casinos

São apenas oito anos de vida, mas na sua história brilham os séculos de experiências artísticas de Macau. Ao mesmo tempo que a cidade se divide entre o jogo e a cultura, o Museu de Arte (MAM) baralha e dá as levando pela primeira vez obras de Macau até à Bienal de Veneza. “Queremos ser um grande jardim no meio dos casinos", garante Ung Vai Meng, que assume o comando do museu desde a primeira hora
Um grande jardim no meio dos casinos

O Museu de Arte de Macau (MAM) celebrou no dia 19 de Março oito nãos de existência. Qual o significado desta data?
Mais importante será o décimo aniversário. Vai festejar a sério essa data pelo simbolismo que acarreta, apesar da importância que o número oito tem na cultura chinesa e do MAM representar o encontro das duas culturas, a portuguesa e a chinesa. O décimo aniversário será uma data fundamental para este espaço de arte, que é um oceano, muito vasto e muito profundo. Nos últimos oito anos, o Museu de Arte de Macau tem desenvolvido um trabalho em prol da arte. “Organizámos exposições, conferência, workshops, cursos para crianças. Aprendemos muito com essas actividades”, – afiança Ung Vai Meng.

– Há três anos estava empenhado em  promover os designers a nível local e além-fronteiras. Quais foram os resultados práticas dessa aposta?

– Um dos momentos altos desse investimento foi a participação de Macau na XXII Bienal Internacional de Design Gráfico de Bruno na República Checa, em 2006. O design merece a nossa atenção por ser uma das artes de Macau a registar maior maturidade. A participação de Macau nessa mostra constituiu uma grande oportunidade. Afinal, em destaque estava o design gráfico de um país tão grande como a China e Macau tinha uma expressão considerável, apesar da sua pequenez. Ao mesmo tempo que demos a conhecer o talento dos nossos artistas, também a região e os eventos culturas foram divulgados já que muitos dos trabalhos, como cartazes de festivais e exposições, eram do Instituto Cultural e do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais. Depois dessa experiência tão boa, estamos a trabalhar para participar numa bienal na Polónia, mantendo a aposta no design.

– Será que esse é um sinal de que Macau está a entrar nos circuitos das grandes exposições internacionais?

– Sem dúvida que sim. Estamos a envidar esforços para que em 2008 possamos trazer a Macau uma grande exposição com obras do Museu seu do Louvre. É uma mostra itinerante que envolve ainda o Museu da Capital, em Pequim, e um outro de Singapura. Não somos os únicos a organizar esta mostra dada a sua importância, mas é em Macau que faz a sua última aparição.

– A mostra do Museu do Louvre não vai a Hong Kong ou a Taipé?

– Não (risos).

– Acredita que a promoção da região como capital internacional do jogo comtribuiu para que Macau se pudesse evidenciar no estrangeiro mais ao nível das artes?

– Por agora não me parece que tal seja possível, apesar de Macau começar a ser conhecido pelos casinos, mas não tanto ainda no campo das artes. Seria importante Macau tirar real proveito deste boom de casinos não só para que mais gente de fora conheça a cidade, mas também no interior da própria região.

– O Instituto Cultural da RAEM tem-se apoiado muito no design para criar uma imagem de marca. O MAM faz dessa arte também um importante cartão de visita, sobretudo ao nível dos catálogos.

– Temos sido premiados pelo design dos nossos catálogos. São importantes no contacto que faço, por exemplo, com instituições de renome como embaixadas, museus estrangeiros de renome, como o Museu do Louvre. É uma espécie de cartão de visita do MAM.

– Outra das apostas do MAM nos últimos anos tem sido a formação da população para as artes. Cada vez tem mais workshops …

– Temos dado especial atenção aos jovens e às crianças, porque existe um trabalho importante a realizar ao nível da educação artística. A criatividade e a imaginação eram e são fundamentais em Macau, uma cidade que estava muito fechada. Antes, a formação era sempre em segunda-mão: através de Hong Kong, da China ou partia de um trabalho individual de pesquisa. O trabalho do MAM tem permitido o acesso directo ao mundo das artes mais nobres. Em Macau há muitos museus mas há poucas galerias particulares, porque não existe o hábito de comprar arte nem de visitar espaços de arte. Muita gente prefere investir o seu dinheiro em automóveis. É por isso que a formação é tão importante. Estou muito preocupado com o cada vez menor interesse na arte. Com o aparecimento dos casinos, vários jovens que estudavam na universidade optaram por iniciar uma nova carreira na área do jogo, abandonando o seu percurso escolar. Foi uma pena …

– Mas parecem existir mais artistas em Macau…

– Posso dar-lhe o exemplo da Bienal de Veneza. Quando lançámos o desafio aos artistas de Macau esperávamos receber propostas de dez ou 15 artistas, mas o número de pessoas interessadas em participar mais do que duplicou, tendo recebido trabalhos de 36 pessoas. Ao todo, eram 42 obras de veteranos de Macau e até de estudantes do liceu. Foi magnífico, mostra claramente uma mudança de atitudes, pois antigamente não registaríamos uma tão grande e diversificada adesão. Além disso, muitas das propostas tinham qualidade e referiam-se a Macau, tanto que vamos organizar uma exposição com os trabalhos que não foram seleccionados para ir a Veneza representar Macau. Serão entre oito a dez trabalhos que vão estar em mostra em Julho, depois dos trabalhos de Macau já estarem em Veneza.

– Será que o aumento de adesão se deve ao facto de mais jovens regressarem a Macau depois de estudos no estrangeiro?

– Sem dúvida. Há muita gente a regressar a Macau. Mas também sentimos que há mais jovens a trabalhar no mundo das artes. Os artistas mais jovens da Nova Vaga, como Bianca Lei, Cindy Ng, João Ó, Fortes Pakeong Sequeira ou Ng Fong Chao já têm um estatuto. Agora, há uma nova camada de artistas que está a emergir, mas ainda está começar a brotar. Daqui a alguns anos poderemos falar melhor destes novos artistas.

– O esforço do MAM tem-se reflectido num aumento exponencial de cursos e workshops

– Os nossos cursinhos e workshops são sementes que lançamos em Macau. Sem este trabalho não evoluímos nesta área. Temos vindo a aumentar o número de acções de formação. Este tem sido um caminho que tem dados os seus frutos. Julgo que o MAM tem um papel importante na área da formação para as artes, de criar nos mais jovens essa apetência. E a verdade é que os nossos cursos de aguarela, gravura, desenho estão cheios. Este trabalho passa por uma colaboração com as escolas, das chinesas à portuguesa.

– Mais instituições de Macau como o Centro de Indústrias Criativas e o Armazém do Boi fazem um trabalho semelhante. O MAM também colabora com estas instituições?

– Cada instituição que refere tem um papel diferente. O Museu de Arte de Macau tem acesso a grandes instituições como o Museu do Louvre. Por outro lado, existe um espírito de maior abertura no Armazém do Boi para fazer projectos diferentes. Mas claro que há um intercâmbio. Antigamente, existia uma menor colaboração entre os museus de Macau, que são muitos. Hoje em dia, é bem diferente. Todos os anos, no Dia Internacional dos  Museus, encontramo-nos todos para debater as colaborações que vamos fazer ao longo do ano para promover Macau a nível interno, mas também em Hong Kong e Cantão.

– O MAM promove de (acto os artes Visuais  locais, como que os oficializa  no território, mos pouco se vê o museu fazer no área do preservção do património  intengível. Grandes museus Internacionais tentam inserir os tradições dos países que representam nos suas actividades…

– Para nós, é mais importante proteger a imagem global de Macau, através de pinturas de Smirnoff ou através de mostras sobre Macau. É uma aposta na memória da cidade. Com a transformação galopante da cidade torna-se importante lembrar às pessoas o que Macau foi, para que essa memória de património seja preservada. Organizámos uma exposição de aguarelas de Macau de artistas do século XIX “Impressões Esbatidas – Aguarelas de Macau” para que as pessoas saibam como evoluiu a paisagem de Macau. Nos últimos anos, temos apostado em mostras de fotografias antigas e vendemos sempre os catálogos. Existe um grande interesse. Promover ou proteger o património intangível de Macau é um pouco impossível para o MAM neste momento. Julgo que o que se poderia fazer a esse nível são iniciativas conjuntas dos museus de Macau, em cada um se evidenciando a sua vertente de trabalho. Já há alguns anos tinha dito que se Macau não se preservar será um parque de diversões. Las Vegas não é nada, mas Macau é uma cidade cheia de cultura. Não há outra cidade assim.

– Como classifica a relação entre o MAM e a nova Macau?

– Estamos perante um novo estilo de vida. A cidade enriqueceu, mas é importante sublinhar que sem a arte essa riqueza é vazia de sentido. É na arte que está a origem da cultura, do património, de tudo. Ajuda o Homem a pensar, a reflectir, a criticar. O MAM quer uma Macau cheia de cultura e ser um grande jardim no meio dos casinos.

– O MAM debatia-se com um problema de folta de visitantes por estar numa zona de  Macau, O NAPE, que só nos últimos anos foi realmente dinamizado com o construção do Doca dos Pescadores, do casino Sands e até o Museu do Transferência. A nova vizinhança tem atraído mais visitantes ao museu?

– Temos de facto mais estrangeiros a visitar o MAM, mas é um aumento gradual consolidado e que será a longo prazo.

Macau esquecido por Portugal

 

O director do Museu de Arte de Macau admite que Portugal não tem marcado presença regular na agenda de exposições, mas não é por culpa de Macau que mais arte portuguesa ali não desagua, garante. A última exposição portuguesa do MAM data de há mais de quatro anos. “Em 1999 realizámos uma grande mostra que percorria várias vertentes, da arte religiosa à pintura, passando por obras contemporâneas e instalações”. O evento foi muito apreciado mas irrepetível até ao momento. “Todos os anos estabelecemos contacto com Portugal, mas logo surgem muitas dificuldades da parte de lá e nunca conseguimos trazer até Macau as obras”. É uma comunicação fácil para Ung Vai Meng “por existirem tantas afinidades, mas fico sempre com a impressão de que Portugal se esquece de Macau”. Ung Vai Meng explica que o MAM mantém a presença da cultura portuguesa no seu trabalho, “basta abrir os catálogos que têm versão em português, representando um esforço brutal da equipa do museu”. As dificuldades de dar continuidade a este trabalho contínuo de traduções são grandes. O director sente que esta é uma forma de manter aberta a janela para o mundo lusófono, da Guiné ao Brasil. “Representamos uma cultura específica”. E tanto assim é que há uns anos um curador do Museu do Palácio de Pequim recebeu um embaixador do Brasil e mostrou-lhe um dos catálogos do MAM. “Ao notar a tradução em português, o diplomata manifestou a sua alegria perante aquela surpresa. Ficou tão satisfeito que encomendou muitos catálogos para enviar para o Brasil. “Este não é exactamente o tipo de intercâmbio que pretendemos ter com um país como esse, mas é uma forma de promover Macau e a cultura portuguesa que também a caracteriza. Fiquei tão feliz …”

Um artista no poder

 

Ung Vai Meng nasceu em Macau, onde estudou desenho e aguarela com o mestre Kam Cheong Leng. Em 1986, a bolsa de estudos do Instituto Cultural de Macau levou-o até Portugal para aprofundar conhecimentos em pintura e gravura. Em 1991, a mesma instituição, a Fundação Oriente e a Calouste Gulbenkian criaram condições para que estudasse na famosa escola de artes ARCO, em Lisboa, concluindo o curso de Pintura em 1992. Três anos mais tarde, leva para casa o prémio máximo na categoria de instalação da III Bienal de Arte de Macau, coleccionando até 1997 um total de 40 galardões em concursos de arte locais e a nível internacional, como seja os troféus na I Bienal de Design de Macau e na exposição de design que a Associação de Designers de Hong Kong promoveu em 1996. A sua arte ganha tal fama que em 1999 Ung Vai Meng aceita o convite para dirigir o Museu de Arte de Macau, cargo que ocupa até aos dias de hoje.

Enigmas da arte chinesa

 

Porque do dotamanho dos milérios da sua história, a arte e acultura chinesas não se podem traduzir em poucas palavras. O director do Museu de Arte de Macau acede no entanto a revelar à revista Macau alguns desses estranhos mistérios … É um dos elementos naturais mais apreciados pelos pintores chineses. O bambu entra em muitas obras chinesas mas com um significado especial: “Para transmitir a ideia de força”, muitos pintores convidam o bambu para os seus quadros. Os andaimes de ferro  que decoram os edifícios em construção de tantas cidades do Ocidente em Macau ganham mais beleza por se revelarem em espaldares entrecruzados de bambu onde os operários levam a cabo a sua obra. “O facto do Interior do bambu ser oco é veiculado na arte como sfmbolo de abertura ao conhecimento e de trocas de experiências”, explica. Outro dos mistérios revelados por Ung Vai Mengéacor. Muitos ocidentais  têm dificuldade em entender a utilização e significado da cor na pintura chinesa. Os designers ocidentais que trabalham na China sentem-se muitas vezes limitados quando trabalham por desconhecerem os múltiplos significados da cor. É infundado pois ”mesmo para os chineses há uma grande variedade na leitura das cores”, É verdade que o branco pode ser a cor da morte, mas também integra o símbolo de yi e yang, o universo. “Não é a cor, preto ou branco que prevalece nesta outra leitura da cultura chinesa”, remata o director do MAM. A sensibilidade chinesa é provavelmente um dos maiores enigmas mas também o que mais atrai o ocidental na arte da China. Em quase todas as manifestações artísticas de qualidade mais do que o prazer estético ou conceptual o deleite está. na emoção dessa expressão. É uma sensibilidade que atravessa a vivência sem deixar mácula, uma apreciação para os sentimentos desprovida de razão. Que enigma é este da arte chinesa tão indecifrável e tocante para um ocidental?
Ung Vai Meng abre um leque de explicações para essa sensação tão especial que a arte chinesa deposita em quem a ela se exp6e. “Pode ser a grande longevidade da cultura chinesa, porque a nossa vida é curta mas a cultura a que pertencemos atravessa os tempos. É aquilo que acumula a nossa experiência, que existe antes de nascermos e se prolonga depois de morrermos”. Nesse encontro inevitável entre o Homem e a sua cultura a vida ganha outra dimensão, fica do tamanho dessa cultura. O artista chinês tem assim, ao seu dispor uma vasta cultura, que faz parte da matéria-prima do seu trabalho. Os chineses “valorizam profundamente a sua cultura”. Sabem que existem outras vidas maiores dentro da sua própria vida. “A cultura é o acumular de experiências humanas. É frequente olhar para uma obra chinesa com séculos de existência e julgá-Ia uma criação recente, adianta Ung Vai Meng, que sublinha ainda a tranquilidade que muitas obras transmitem. Compara depois a vida a um copo de água com areia que no correr dos dias agitamos. Olhar para uma pintura. chinesa pode fazer acalmar essa água que de turva passa a transparente. “Ficamos com uma sensação de paz interior”. É tudo uma questão de sensibilidade…  chinesa.

Macau germina em Veneza

 

“Duas obras de Macau estão a chegar a Veneza para integrar pela primeira vez a bienal”, diz, com muito orgulho, Ung Vai Meng. O director do Museu de Arte de Macau promove a estreia da RAEM naquele que é um dos eventos culturais mais importantes do mundo. A 52ª Exposição Internacional de Arte da Bienal de Veneza abre no dia 10 de Junho.
“Lugar” é o sugestivo tema de reflexão que Macau leva até Veneza em duas instalações carregadas de humor e de preocupações advindas do hiperdesenvolvimento da região. As obras são assinadas pelos irmãos Lui Chak Hong e Lui Chak Keong e por Konstantin Bessmertny. Os elementos que compõem cada um destes trabalhos gravitam em torno das consequências sociais e culturais da Nova Macau.
A arte contemporânea, espelho do ambiente de vida, encontra aqui ampliada uma análise em tempo real. A julgar pelos trabalhos ainda frescos dos artistas de Macau, a mensagem que viaja até Itália representa a classe dos seus artistas.
A enorme projecção internacional da bienal italiana é reconhecida.
“As obras da RAEM ficam muito bem localizadas, uma ocupando um espaço interior e a outra o exterior.
O edifício onde estarão patentes fica junto à costa e muito próximo do epicentro da exposição”.
Ung Vai Meng está muito satisfeito porque esta é a primeira participação de Macau na Bienal de Veneza: “É o começo de qualquer coisa. É uma semente que ali estamos a depositar”, tendo ainda em conta a adesão massiva dos artistas que entregaram mais de 40 propostas no MAM. O “interesse é diversificado, pois recebemos trabalhos de adolescentes e de veteranos da arte local. É muito importante que tal suceda”.
Até Novembro os milhões de visitantes que sempre acorrem a Veneza nesta altura do ano para tirar a limpo o perfil da arte contemporânea mundial vão poder auscultar a vida que emana das obras da RAEM, passadas que foram pelo filtro de um painel de jurados composto por Yin Shuangxi, comissário e professor da Academia Central de Belas Artes Chinesas, Gao Shiming, crítico de arte e comissário do Centro de Cultural Visual da Academia de Belas-Artes da China, e o próprio Ung Vai Meng. A obra dos irmãos chineses “Gôndola – Macau” é inspirada no Templo de Á -Má e nas Ruínas de São Paulo. Os dois pintores olharam para as duas cidades e encontraram o denominador comum no facto de ambas estarem listadas no Património Mundial da UNESCO e por terem sido importantes portos comerciais. E não esqueceram que com os projectos da Venetian, da operadora de casinos Las Vegas Sands, Macau vai ser brindado com passeios no típico barco veneziano. “Gôndola – Macau” manifesta ainda as dúvidas sobre o futuro de Macau e o seu papel cultural. Na instalação “Si monumentum requiris, circumspice” Konstantin Bessmertny foca vertentes de carácter social. O pintor russo lança o seu característico olhar acutilante sob o mundo dos novos-ricos de Macau. Madeira, ferro, dispositivos mecânicos, papel e acrílico são alguns dos materiais que compõem a obra de Konstantin Bessmertny, que de forma “engenhoca” tenta retratar um avião que não pode voar.
Obras em detalhe:
Konstantin Bessmertny
Instalação “Si monumentum requiris, circumspice” Contraplacado reciclado, lustre, cópias de pintura a óleo, objectos encontrados 190x400x300cm
Lui Chak Hong e Lui Chak Keong
Instalação “Gôndola de Macau” Cimento, Acrílico I0x 250x450cm

Design na ordem do dia

 

No ano passado o Museu de Arte de Macau viajou até ao centro da Europa com um propósito muito claro: promover o talento local e obras de artistas chineses do continente na mais antiga bienal de design do mundo, a Bienal Internacional de Design Gráfico de Brno, que se realiza desde 1963. Foi a dupla portuguesa Artur Rebelo e Lizá Ramalho que venceu o Grande Prémio deste importante concurso e foi no Pavilhão da China que recebeu o galardão pelas mãos do director do Museu de Arte, Ung Vai Meng, um dos jurados da Competição.

MAM em mostra

 

Países representados no MAM China, Coreia, Japão, México, Colômbia, Egipto, França, Finlândia, Brasil, Portugal, Moçambique, República Checa

 

2000
A Arte dos Oito Excêntricos de Yangzhou Nice Du Nouveau Realisme à Supports/Surfaces
Arte contemporânea Francesa
Legados dos Qing
A Sumptuosa Arte da Embalagem Imperial

2001
Reflexos da Alma do Mestre
Exposição de Gravuras de Picasso Lola AIvarez Bravo e Frida Khalo no Coraçio do México

2002
As Obras de Un Jin
Caligrafias, Pinturas e Sinetes Vozes de Imagem Exposição Comemorativa dos 100 anos de Manuel Alvarez Bravo. Vivências do Imperador Qianlong

2003
Porto Seguro
Exposição Comemorativa do Centenário de George Smirnoff Mobiliário Chinês Colecção do Dr. S. Y. Yip Rio Profundos Altas Montanhas: Pinturas de Pu Bao Chi Essência Luminosa Relíquias do Budismo Tibetano do Palácio Imperial

2005

Macau Nova Vaga
Exposição de Arte Contemporânea Exposição Comemorativa do 80. Aniversário do Museu do Palácio Olhares Interiores Documentários sobre Performance Art Chinesa

2006
Sopro do Universo
Pintura e Caligrafia de Qing Teng e Bai Yang do Museu do Palácio e do Museu de Xangai

Museu do Vinho na liderança

 

Todos os anos um dos cerca de 20 museus de Macau é chamado a liderar um projec1Io anual comum. Esa! ano não um, mas dois museus, o do Vinho e o do Grande Prémio, assumem a cruzada de afirmar o valor cultural de Macau num momento  em que a cidade se dispersa no frenesi de muitas mudanças. A iniciativa arrancou a 18 de Maio, quando se celebrou mais um Dia Internacional dos Museus. Aquele que é ainda o mais português dos museus de Macau, o do vinho, é comandado por Braga Gonçalves, que este ano em conjunto com o Museu do Grande Prémio de Macau, lançou aos espaços congéneres o repto “Os Museus e a Herança Universal”. Este tema vai pontuar o leque de actividades que une 05 vértices da cultura local, depois de os museus se reunrem para partilhar experiências conjuntas e decidir um programa de actividades com vista a contributos diferentes. Uma das mais significativas é um concurso de vídeo Intitulado “Uma visão Global dos Museus de Macau” e a imaginação é o limite. Enquanto gaurdiões da herança da humanidade, os museus “assumem a grande preocupação que é a de valorizar a cultura de Macau e de dar a conhecer a quem visita a região o património histórico de Macau”. Ciente do espelho da mudança que se reflecte no aurnenco brutal de visitantes, de unidades hoteleiras e casinos, e consequentemente, na transformação da paisagem física da região, Braga Gonçalves refere que “é Importante para Macau lançar um apelo sobre o seu valor cultural”. É o património histórico que os museus protegem, desenvolvendo também a cultura da região que contribuirá para o futuro, acredita o director do Museu do Vinho, que abriu as portas em 1995. “Porque Macau não existe sem história … E se todos os intervenientes destes espaços estiverem unidos “melhor se fará essa preservação”. O presente de Macau é um desafio para os museus, mas “é Importante dar tempo às pessoas para se reorganizarem. Ninguém esperava uma mudança tio avassaladora”, sublinha Braga Gonçalves, que dentro em pouco abandonará as suas funções no museu e Macau, regressando a PortugaI depois de 16 anos de dedicação à região. “É por motivos pessoais que me vou embora, mas Macau vai na minha alma. É uma temi onde me senti feliz.

Para além do Museu de Arte

 

Em Macau não faltam igrejas nem casinos. É  ainda uma das cidades do mundo com mais museus por metro quadrado, para além da sua enorme densidade populacional. Nos tempos que antecederam a transferência de Administração de Macau, para a China, o número de museus disparou e nos 61timos cinco anos uma nova onda de inaugurações fez subir o n(imero.

• Museu das Comunicações
• Museu das Ofertas sobre a Transferência de Soberania de Macau
• Museu da História da Taipa e Coloane
• Casa Cultural de Chá de Macau
• Espaço Patrimonial – Uma Casa de Penhores Tradicional
• Museu do Gramofone
• Museu dos Bombeiros
• Museu do Grande Prémio de Macau • Museu do Vinho.
• Núcleo Museológico da Santa Casa da Misericórdia
• Museu Memorial Lin Zexu de Macau
• Museu de Macau
• Museu Marítimo
• Museu Natural e Agrário
• Museu de Arte Sacra e Cripta
• Museu das Forças de Segurança de Macau
• Casas-Museu da Taipa
•Tesouro de Arte Sacra na Igreja de São Domingos