Frank Ziegler

Francês de coração e cidadão do mundo por paixão, Frank Ziegler, vice-director do departamento de operações culinárias, é um chef que se dedica a proporcionar ideias para os eventos gastronómicos dos vários restaurantes do casino-resort Wynn Macau

O que o trouxe a Macau?

Macau deu-me a oportunidade de me instalar na Ásia, um grande sonho antigo. Sempre tive um imenso respeito pela cultura asiática e sempre me senti confortável nela. Macau oferece esse lado cultural, além de me dar, em termos profissionais, a oportunidade de trabalhar nos melhores hotéis. E a oportunidade apareceu justamente nesta cidade!

 

Como chef, qual é a experiência que mais o marcou?

Que marcou e ainda marca – poder viajar e dar a volta ao mundo, literalmente, para trabalhar. E quanto me desloco, trabalho com os melhores produtos e ingredientes que cada local tem disponíveis. Outra das grandes experiências é poder partilhar pratos e sabores com os meus colegas e clientes.

 

Como encara a recente explosão de restaurantes em Macau?

Não tenho dúvidas em como Macau se está a transformar num destino cada vez mais ligado à culinária, e em alguns casos, à alta-culinária, com visitantes a deslocarem-se cá simplesmente por causa dos seus restaurantes. E para os profissionais do sector, são cada vez menos os desafios ‘impossíveis’, já que quando nos propomos um repto, conseguimos levá-lo avante. Os clientes mais exigentes conseguem encontrar em Macau experiências únicas e extraordinárias, não só proporcionadas pela gastronomia local, através da cozinha cantonense e macaense, mas passando pela cozinha de autor, alta-cozinha ou mesmo cozinha internacional.

 

Qual é o seu local favorito para um jantar?

Como ainda estou em Macau há pouco tempo, não posso indicar um local, mas sou “adicto” a tudo que seja de qualidade. Os pastéis de nata e a comida macaense conquistaram-me e fazem parte da minha lista de favoritos.

 

Se não fosse chef, que outra profissão teria seguido?

Teria sido um artista gráfico, como o meu pai. Herdei o seu talento, mas como não sou pessoa de me sentar e manter-me inactivo numa cadeira muitas horas por dia e cinco dias por semana, optei por não seguir essa carreira. Também gostaria de ter sido um piloto de automóveis de corrida, já que competir faz parte da minha personalidade. Aprendi a lidar com o medo muito novo, por isso testar os limites das minhas capacidades e saber quando parar.