Ouvir para governar

Depois de dez anos no Governo, Fernando Chui Sai On vai liderar a RAEM. Homem reservado, meticuloso, trabalhador incansável, amigo da família, gosta de ouvir antes de decidir. Assim o definem os colaboradores e os que há anos convivem com o futuro Chefe do Executivo

 

Membro de uma das famílias mais influentes de Macau, Fernando Chui Sai On vai assumir o cargo de Chefe do Executivo da região administrativa especial, sucedendo ao seu amigo e primeiro líder da RAEM, Edmund Ho.

Depois de dez anos no Governo, o antigo secretário para os Assuntos Sociais e Cultura simboliza uma clara aposta na continuidade, como é unanimemente reconhecido em Macau.

O sobrinho do antigo vice-presidente da Assembleia Legislativa, Chui Tak Kei, há muito tempo que se vinha preparando para as funções que vai desempenhar a partir de Dezembro, mas foi no último ano e meio, que o seu nome começou a ser falado como o mais provável sucessor de Edmund Ho.

O apoio de Macau à província de Sichuan, na sequência do terramoto que vitimou milhares de pessoas, foi liderado por Fernando Chui Sai On, o que foi lido por vários analistas como um sinal claro de que estava a caminho do mais alto cargo da RAEM.

O anúncio da candidatura, a 25 de Maio, veio confirmar o que há muitos meses se comentava nos bastidores da vida política local. “A minha confiança e a minha decisão de candidatura eleitoral têm raízes no meu profundo sentimento de amor à Pátria e à terra de Macau, de um chinês nascido e crescido nesta terra”, disse na conferência de imprensa, em que divulgou a candidatura e a demissão das funções que exercia desde Dezembro de 1999. “Compreendo profundamente que o fortalecimento, a prosperidade e a reunificação da Pátria estão estreitamente ligados ao destino de Macau. Estou sinceramente agradecido a Macau pelo que me deu”.

 

Estudante nos EUA com 16 anos

 

Nascido em Macau, em Janeiro de 1957, Fernando Chui Sai On é filho de um irmão de Chui Tai Kei, durante décadas figura influente da comunidade chinesa de Macau. O seu irmão, Chui Sai Cheong, é um importante empresário de Macau e deputado eleito pelo sufrágio indirecto. O primo Chui Sai Peng é deputado nomeado.

Depois de concluir o ensino secundário na Escola Ling Nam, partiu, com 16 anos, para os Estados Unidos da América, onde se licenciou, com distinção, em Gestão de Sanidade Urbana, pela Universidade Estadual da Califórnia de Sacramento. Antes de regressar à sua terra, fez o mestrado e o doutoramento em Gestão de Saúde Pública, na Escola de Saúde Pública de Oklahoma.

Em 1984 começa a trabalhar e funda a clínica de análise Chui’s, que durante anos funcionou na avenida coronel Mesquita. Ao longo da sua carreira, tem desempenhado vários cargos nos campos da saúde e assistência social. Foi chefe do departamento de medicina e saúde da Associação de Beneficência Tong Sin Tong e vogal da sua direcção, director executivo da Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu, membro do Conselho de Administração do Fundo do Banco de Olhos de Macau.

Na área da educação, foi director da Escola Kiang Peng e da Escola de Formação Profissional  Kiang Peng. Dada a sua experiência foi escolhido por Edmund Ho, em 1999, para tutelar as áreas da saúde e da educação, além da cultura, do turismo e do desporto, o que levou muitas pessoas a apelidá-lo de super-secretário. A sua nomeação foi, de resto, entendida como natural, já que era um perfeito conhecedor de algumas dos sectores que passou a dirigir, além de ser muito próximo do primeiro líder da RAEM.

“Conheço Edmund Ho há muitos anos, trabalhámos juntos em muitas instituições, como o hospital Kiang Wu, a Associação Tong Sing Tong e a Assembleia Legislativa, mas não esperava integrar o Governo”, disse na altura, acrescentando que era o momento certo (Dezembro de 1999) para assumir funções em Macau, “pois vamos viver um momento histórico”.

Dez anos depois, chega ao mais alto cargo da região administrativa especial. Dos 300 membros que integram o colégio eleitoral, 286 apoiaram a sua candidatura e, a 26 de Julho, obteve 282 votos a seu favor.

 

Bom filho e bom coração

 

“É uma pessoa culta, amigo dos seus amigos, um bom filho”, conta um membro da comunidade portuguesa de Macau, que há dezenas de anos convive com Fernando Chui Sai On e família.

Pacato, “nunca gostou de ir para a rua jogar futebol ou frequentar festas”, estudioso, modesto, reservado e meticuloso. É desta forma que muitos amigos o definem, embora alguns admitam que a postura “mais fechada” pode ser uma maneira de se resguardar, sobretudo nestes dez anos em que exerceu funções governativas.

“Não é propriamente uma pessoa expansiva, mas tem grande sensibilidade, gosta de ouvir e privilegia o diálogo. Presta atenção, tira apontamentos e tem uma boa capacidade de síntese. Apanha os pontos essenciais e exprime-se sempre de forma clara, faz passar a sua mensagem”, nota, por seu turno, um dirigente da Administração Pública, que tem trabalhado com o futuro líder de Macau.

“Encarna as várias dimensões de Macau, a verdadeira alma de Macau”, nota um antigo colaborador. “É muito solidário com o Governo, coloca sempre os interesses do Governo em primeiro lugar, mas é um pouco centralizador, gosta que todas a decisões passem por si”, sublinha, frisando que é um profissional competente e perspicaz.

Tem “um raciocínio rápido, é arguto”, nota outro dos seus colaboradores. “Pela forma de ser não dá a ideia de ter pulso forte, mas tem boa capacidade de resposta e resolve os problemas com facilidade”, sublinha outro dirigente da Administração Pública. “Privilegia a competência, transmite autoconfiança a quem com ele trabalha, gosta de desenvolver as aptidões e a capacidade dos seus colaboradores”, acentua. “Não cultiva o erro, incentiva as pessoas a progredir e a trabalhar com eficácia”.

Embora tenha a imagem de reservado, distante, pouco falador, no privado tem piada e gosta de soltar umas gargalhas, sublinha outro membro da comunidade portuguesa, que com ele tem privado. “Alguma timidez em público é, provavelmente, um mecanismo de defesa”, argumenta.

 

Aprender português

 

Calmo, “não é homem expansivo”, tem mantido um bom relacionamento com os subordinados, “procurando resolver os problemas que aparecem, designadamente os de saúde”, realça um dos quadros da Administração Pública com quem a MACAU falou. “É afável e de trato fácil”, observa, acrescentando que “gosta de trabalhar em equipa, aceita as críticas, mas não gosta de introduzir mudanças no gabinete ou nas direcções que tutela”.

Quando fala de saúde, a sua sensibilidade nota-se. Durante a crise da pneumonia atípica chegou a dizer que “o mais importante era salvar as vidas humanas. As questões económicas podiam ficar para segundo plano“ É “um homem de bom coração”, opinião corroborada por quem o conhece desde criança.

Casado com Winnie Fok, sobrinha do magnata de Hong Kong, Henry Fok, tem uma filha adoptada. Gosta de nadar, de jogar ténis e ir às compras com a família, o que nos últimos anos fez cada vez menos, por manifesta falta de tempo. É apreciador de comida portuguesa, chegou a frequentar com regularidade restaurantes portugueses de Macau. Noutros tempos era também visto a fazer jogging na Colina da Penha e é apreciador de espectáculos culturais, embora não seja presença frequente nas salas da RAEM. Nos nove anos em que desempenhou funções no Executivo de Edmund Ho, na véspera do Ano Novo Chinês, convidou sempre os membros das direcções que dirigiu e os respectivos cônjuges para o tradicional jantar/almoço de Primavera. Chegou a confessar que tinha pena de não saber português e prometeu aprender a língua de Camões, quando tivesse tempo, o que não sucederá nos próximos anos. Nas reuniões de trabalho, quando quer passar claramente a mensagem, utiliza o chinês e pede tradução para os colaboradores que não dominam o cantonês. Mas muitas vezes a língua de trabalho é o inglês. Nas visitas que fez, antes da eleição para o cargo, à Associação Promotora dos Macaenses (APIM), Associação de Pensionistas e Aposentados de Macau (APOMAC), Associação dos Macaenses, Santa Casa da Misericórdia e Casa de Portugal prometeu continuar a apoiar as associações de matriz portuguesa, cujo trabalho tem sido importante, notou, para o êxito da RAEM.

“Os portugueses são parte importante e integrante da sociedade. Os portugueses residentes em Macau continuam a desempenhar um papel de ponte, de intercâmbio e cooperação entre a China e o Ocidente”, disse na reunião que, no Clube Militar, juntou muitos membros da comunidade portuguesa. Fernando Chui Sai On disse que pretende trabalhar de “mãos dadas com a comunidade portuguesa para conseguir um futuro mais brilhante para Macau”.

 

Deputado durante uma Legislatura

 

Na década de 90, foi deputado na 5ª Legislatura (1992-1995). Em 1996, falhou a reeleição para a Assembleia Legislativa. A lista que integrou elegeu apenas o deputado Tong Chi Kin. Nessas eleições, o agora comissário contra a Corrupção, Cheong U, fazia também parte da lista da União para o Desenvolvimento (Frente Eleitoral da União Geral dos Operários). Antigo presidente da Associação dos Jovens Empresários de Macau (Jaycees) e presidente honorário da Associação de Enfermagem de Macau, foi vogal executivo da Federação da Juventude da China e vice-presidente honorário da Associação de Medicina Preventiva Chinesa, além de escuteiro-subchefe da Associação dos Escuteiros de Macau.

É, acima de tudo, o homem da continuidade, “a única pessoa que pode garantir uma passagem de testemunho suave”, assegura Manuel Silvério, que nos primeiros dez anos da RAEM trabalhou com Fernando Chui Sai On em projectos tão importantes como os Jogos da Ásia Oriental, os Jogos da Lusofonia e os Jogos Asiáticos em Recinto Coberto.

O antigo homem-forte do desporto de Macau realça o conhecimento do terreno que tem o futuro Chefe do Executivo. “Vamos assistir a mudanças, à transformação para melhor do território. Conhece por dentro algumas áreas sensíveis, que são fundamentais para o bem-estar da população. Conhece também a vida das associações, que continua a ser muito importante em Macau”, acrescenta,

Manuel Silvério está, de resto, convencido de que Fernando Chui Sai On vai apostar numa maior internacionalização de Macau. “É um homem de cabeça aberta, que gosta de pensar em projectos inovadores. Sabe utilizar os meios que tem ao seu alcance para produzir trabalho”, argumenta.

O antigo deputado Jorge Fão reconhece que se trata de um bom profissional e de um bom político. “Tem um feitio reservado, gosta de ouvir antes de decidir, mas a palavra final é sempre a sua”, adianta. “É uma pessoa séria, amigo da comunidade portuguesa. As relações com os portugueses são, de resto, uma questão nacional, uma política traçada pelo governo central”, sublinha Jorge Fão.

Apesar da evolução na carreira política, gosta de levar uma vida simples e tem mantido as amizades, garante quem o conhece há muitos anos.

 

Propostas para o futuro 

 

Fernando Chui Sai On vai apostar na continuidade e na inovação, com o objectivo de “construir uma sociedade harmoniosa”, já que todas as camadas sociais devem beneficiar com as políticas que vão ser implementadas. “Utilizaremos mais recursos para garantir cuidados de saúde, a educação, a assistência social e a prestação de serviços comunitários, bem como outras políticas destinadas a beneficiar a vida dos cidadãos, além de tomarmos medidas diversificadas para prestar ajuda económica aos residentes com menos recursos, a fim de atender efectivamente às necessidades de vida dos grupos mais vulneráveis e construir uma rede social mais perfeita e mais segura”, defendeu na apresentação da plataforma de candidatura.

Depois de reconhecer o apoio que o Governo Central tem dado à RAEM e destacar o trabalho desenvolvido por Edmund Ho, o futuro líder de Macau apontou como uma das suas principais preocupações a crise económica global.

O próximo Governo vai ampliar os investimentos em obras públicas, estimular e fomentar os investimentos privados, dar mais oportunidades de emprego aos residentes, apoiar as pequenas e médias empresas e estudar a criação do fundo de desemprego.

Relativamente à importação de mão-de-obra, o Chefe do Executivo eleito admite dificuldades na gestão dos trabalhadores não residentes (mais de 80 mil). “Se faltam quadros qualificados podemos importar, mas temos de fazer uma avaliação integral para analisar a política de imigração”, preconizou.

 

Aposta no turismo e convenções

 

A formação dos desempregados de meia-idade e dos jovens e a reconversão profissional dos trabalhadores vão ser reforçadas. A diversificação económica deve ser, de resto, um dos pontos fortes da sua actuação à frente dos destinos da RAEM.

“O desenvolvimento sustentável e a estabilidade da Região dependem inevitavelmente da adequada diversificação económica”, defendeu, apontando como metas o reajustamento da dimensão e funcionamento da indústria do jogo, a exploração mais alargada e rica do sector turístico e cultural e a aposta no desenvolvimento das convenções e exposições (MICE).

O antigo secretário dos Assuntos Sociais e Cultura quer que Macau eleve a qualidade do turismo, de modo a tornar-se num centro turístico e recreativo a nível internacional. No âmbito das convenções e exposições, projecta a criação de um fundo estratégico para o seu desenvolvimento e a criação de uma instituição exclusivamente dedicada à gestão deste segmento, além da instalação de uma base de dados.

Explorar os recursos culturais e desenvolver a indústria cultural pode contribuir para a diversificação económica, preconizou. Nesse sentido, pretende apostar na construção de um parque da indústria cultural de Macau, “para fazer amplo uso do património cultural mundial de Macau e dos recursos históricos e culturais chineses e ocidentais”.

No sector do jogo, adverte que “é necessário rever e melhorar, com seriedade e prudência, os diplomas legais, estabelecer um mecanismo regulador da concorrência. Uma das questões que vai estar, certamente, em análise é a questão do imposto do jogo, que os operadores consideram elevado.

 

Hospital em Cotai

 

Fernando Chui Sai On, que apresentou a política social como “o núcleo da governação”, prometeu avançar com a construção de um hospital público em COTAI e alargar o sistema de segurança social, que agora deixa de fora mais de 20 mil residentes. A criação de um Conselho Médico e um Conselho para os Assuntos dos Enfermeiros foi sugerida pelo futuro líder de Macau. A habitação social será outra das suas preocupações, assim como a protecção ambiental. A criação de um Conselho para os Assuntos de Habitação foi anunciado, uma vez que “a atribuição de casas aos candidatos em lista de espera é uma medida prioritária, a que se seguirá o estudo da oferta e procura para a construção de mais habitações”.

O combate à corrupção e assegurar uma “Administração limpa” integram também os objectivos prioritários de novo Chefe do Executivo. “Estamos conscientes de que a corrupção e a degradação constituem grandes ameaças e impactos negativos ao progresso social, ao crescimento económico, à legalidade e ao sistema de competição justa, bem como graves distorções e deteriorações dos valores sociais estabelecidos com base na integridade, bondade, igualdade e racionalidade”, pode ler-se na plataforma de candidatura. Para alcançar este desiderato, o próximo Governo apostará na reforma do regimento administrativo, numa melhor transparência da Administração. O Comissariado contra a Corrupção e o Comissariado de Auditoria vão ter um importante papel de supervisão.

“É necessário melhorar a capacidade e o entusiasmo de participação dos residentes na gestão dos assuntos públicos, para que esta participação seja positiva, racional e progressiva”, disse, sublinhando que o sistema de consultas públicas deve ser melhorado. O Governo “deve estabelecer um mecanismo de reacção rápida e eficaz para garantir respostas atempadas e eficientes às solicitações da comunidade, salvaguardar e promover ainda mais a liberdade de imprensa e de expressão, de forma a serem desenvolvidas plenamente as funções de críticas e propostas da opinião pública. É preciso promover progressivamente o desenvolvimento da política democrática da RAEM”.

 

Consulta pública sobre sufrágio universal

 

Relativamente ao desenvolvimento do sistema político, prometeu avançar com uma consulta pública. Depois de recordar o que está estipulado na Lei Básica, disse que “para implementar esta democratização temos de conhecer a vontade da população, pelo que assumo a promessa de fazer uma consulta pública e inquérito junto da população para ver qual é a corrente predominante nesta matéria”.

Quanto ao sufrágio universal, admitiu que o processo vai ser longo, frisando que “o mais importante é alcançar um consenso generalizado entre a população. Uma sociedade justa e democrática é o objectivo de todos. Temos de promover, de maneira estável e progressiva, o desenvolvimento da democracia e da legalidade, acelerando o processo de continuidade e de inovação, para os residentes de Macau dominarem o próprio destino e criarem o seu próprio futuro.”

O diploma sobre a responsabilização dos titulares dos principais cargos políticos deverá avançar nos primeiros meses do seu mandato. “Se for eleito assumo a promessa de definir um regime rigoroso de responsabilização dos altos funcionários”, notou.

A reforma jurídica foi apresentada como uma das prioridades do próximo Governo. Admitiu a nomeação de advogados e profissionais qualificados em Direito para magistrados, com o objectivo de “optimizar a equipa de magistrados e incrementar a coesão dos profissionais do sector”.

Na reunião que manteve com os advogados de Macau, durante o período de campanha eleitoral, anunciou a revisão do modelo de funcionamento da Comissão de Indigitação de Juízes e a reestruturação do ensino do Direito. “Concordo com a revisão do funcionamento desta comissão, uma vez que já trabalha há tanto tempo sem nunca ser sujeita a uma avaliação da sua eficácia e dos seus candidatos”, afirmou, adiantando que “com alguns acertos poder-se-á aumentar a transparência do seu funcionamento”.

O eleito Chefe do Executivo reconheceu também que o modelo de ensino da Faculdade de Direito da Universidade de Macau está desactualizado. “Passado dez anos a missão foi cumprida e esta é a altura oportuna para responder à sua reestruturação, com apoio e investimento”, precisou.

Criar uma reserva financeira e aperfeiçoar o mecanismo de controlo financeiro foram outras medidas anunciadas por Fernando Chui Sai On, que quer participar activamente na exploração da ilha da Montanha. Com a construção do novo campus da Universidade de Macau na Ilha da Montanha, Macau “deve transformar a ilha num importante quintal de apoio para fomentar o desenvolvimento diversificado de Macau”.

Aos professores deixou também a promessa da revisão da carreira. Diz conhecer bem os problemas do sector – já foi director de uma escola – considera que “é preciso optimizar a educação básica e promover activamente o desenvolvimento educacional de Macau”.

O reforço da cooperação com os países de língua portuguesa, a União Europeia e a ASEAN é também preconizada, assim como, uma maior integração regional.

 

De mãos dadas com os portugueses

 

O agora eleito Chefe do Executivo manteve vários contactos com as associações de matriz portuguesa e participou num encontro no Clube Militar com membros da comunidade portuguesa. Fernando Chui Sai On deixou, de resto, a garantia de que pretende trabalhar de “mãos dadas com a comunidade portuguesa para conseguir um futuro mais brilhante para Macau”. Os portugueses residentes em Macau “continuam a desempenhar um papel de ponte de intercâmbio e cooperação entre a China e o Ocidente. Os portugueses residentes em Macau são parte importante e integrante da sociedade”.

Na parte final da plataforma de candidatura, Fernando Chui Sai On diz estar “profundamente consciente de que o futuro é brilhante, o caminho é longo e sinuoso, e a responsabilidade é pesada”.