IPOR lança guia de Português-Chinês

O Instituto Português no Oriente (IPOR) em Macau lançou hoje um guia de conversação Português-Chinês centrado em 12 áreas e orientado para qualquer visitante chinês que se desloque a países de língua portuguesa.

 

“O guia é o amanhã hoje, é o futuro que o IPOR pode ter na área de produção de ferramentas e instrumentos que facilitem a inter-compreensão entre falantes de língua portuguesa e falantes de língua materna chinesa”, referiu João Laurentino Neves, director do IPOR.

Tendo em conta a importância do idioma em áreas como os negócios, mas também em redes científicas e tecnológicas, o IPOR quis “fornecer um apetrecho para qualquer cidadão que numa destas áreas tenha necessidade de se deslocar a um país ou uma região de língua oficial portuguesa”. “Todos já viajámos para um país estrangeiro e sabemos quais são as necessidades: alojar-se, deslocar-se, chegar a um ponto de referência, transportar-se, pedir coisas, saber itinerários”, exemplificou.

O guia de conversação é a primeira de três ferramentas que o IPOR conta lançar até Setembro, quando termina o mandato de João Laurentino Neves. “Queremos ser uma das instituições que está na linha da frente na produção destas ferramentas que afirmam Macau como um centro de produção regional de instrumentos essenciais para a afirmação da língua portuguesa no contexto da Ásia-Pacífico”, garantiu.

O guia, que custa cerca de 70 patacas e conta, nesta primeira edição, com mil exemplares, pode vir a ser, no futuro, adaptado para um formato digital, através de parcerias com instituições de ensino superior em Portugal, “até porque isso tem uma vantagem muito grande que é a facilidade de actualização”. “Numa plataforma dessa natureza podemos inclusivamente passar a ter o guia disponível numa aplicação de telemóvel, que é o passo onde queremos chegar”, comentou o responsável.

O guia será distribuído por “instituições que também estão muito apostadas neste diálogo multilateral em Macau, entre a República Popular da China, a Região Administrativa Especial de Macau e os países de língua portuguesa, nomeadamente o Fórum Macau, a Associação Promotora da Instrução dos Macaenses”, mas vai também ser distribuído nas livrarias de Macau – uma edição em parceria com uma editora portuguesa está a ser estudada.

A poucos meses do fim do seu mandato, João Laurentino Neves não revela se vai continuar em Macau, mas diz-se satisfeito com o trabalho feito nos últimos três anos: “Conseguimos reformular a oferta formativa do IPOR, temos hoje uma oferta claramente superior à que dispúnhamos. Procurámos fazer com que o instituto tivesse uma exposição pública, que a marca IPOR não se afirmasse apenas no que diz respeito à formação em língua portuguesa, mas também numa intervenção pública”.