Comités Olímpicos de língua portuguesa ajudam na reconstrução da ilha do Fogo

A Associação dos Comités Olímpicos de Língua Oficial Portuguesa (ACOLOP) entregou um donativo no valor de 16 mil euros para ajudar na reconstrução da ilha cabo-verdiana do Fogo, afectada recentemente por uma erupção vulcânica.

O cheque, entregue pela presidente do Comité Olímpico Cabo-verdiano (COC), Filomena Fortes, ao presidente do Gabinete de Reconstrução do Fogo, António Nascimento, é o resultado de uma onda de solidariedade lançada por Cabo Verde em Dezembro durante a Assembleia Geral da ACOLOP.

Ao apelo, responderam os Comités de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Portugal, Macau (China) e Sri Lanka, entregando cada um 2.500 dólares.

Fazem parte ainda da ACOLOP, organização fundada em Junho de 2004 e com sede em Macau, o Brasil, Moçambique, Timor-Leste e a Índia, que, tal como o Sri Lanka e Guiné Equatorial, foi admitida como membro associada, devido às suas relações históricas com Portugal.

Segundo Filomena Fortes, o gesto mostra que os comités olímpicos que falam o português estão cientes das suas funções, não apenas para actividades desportivas, mas também para causas sociais e ambientais.

A dirigente salientou que se trata de “um pequeno gesto” de um projecto que “poderá ser maior”, uma vez que o COC cabo-verdiano quer fazer chegar ao Comité Olímpico Internacional (COI) uma proposta para mais algum apoio para a ilha do Fogo.

Por sua vez, o presidente do recém-criado Gabinete de Reconstrução do Fogo, António Nascimento, salientou que se trata de “uma grande ajuda” e mais um gesto para a reconstrução da ilha do Fogo, afetada por uma erupção vulcânica entre 23 Novembro de 2014 e 8 de Fevereiro deste ano.

Garantindo que o dinheiro será bem empregue em actividades de carácter social para criar as condições de realojamento de mais de 1.500 pessoas de Chã das Caldeiras, a localidade mais afetadas pela catástrofe natural, António Nascimento espera desenvolver uma “parceria estreita” com os comités olímpicos em projectos de apoio à também conhecida como “Ilha do Vulcão”.

Sobre a reconstrução do Fogo, o também director das Infra-estruturas cabo-verdiano informou que serão criadas actividades geradoras de rendimento e será elaborado um Plano Estratégico para o desenvolvimento de Chã das Caldeiras, com todas as vertentes, social, económica e cultural.

Garantindo que o gabinete já começou a trabalhar na reabilitação de 70 casas construídas após a erupção vulcânica de 1995, António Nascimento referiu, entretanto, que ainda não está definido o local para o novo assentamento para as populações afectadas.