Guiné-Bissau quer investimento chinês na área agro-alimentar

A captação de investimento chinês para a indústria agro-alimentar da Guiné-Bissau “é prioritária”, disse à agência Lusa o delegado daquele país no Fórum Macau, ao identificar oportunidades na transformação da castanha de caju.

“Queremos captar investimentos na área da transformação da castanha de caju. É prioritário”, afirmou Malam Camará, à margem de um ‘workshop’ sobre o comércio de produtos agroalimentares da Guiné-Bissau, organizado pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM).

O delegado da Guiné-Bissau junto do Secretariado Permanente do Fórum Macau disse que já houve “alguma manifestação de interesse” por parte de empresários do interior da China, e que apesar de não ter sido concretizado qualquer projecto, há potencial porque “a China é dos maiores consumidores de caju” e tem “tecnologia para transformar” o produto.

O Governo guineense conta exportar este ano 200 mil toneladas da castanha de caju.

Malam Camará considerou também que o desenvolvimento de infra-estruturas portuárias na Guiné-Bissau pode interessar aos investidores chineses, tendo dado a conhecer aos participantes no ‘workshop’ alguns projectos nesse sentido, incluindo as obras para um porto de águas profundas em Buba, no sul do país.

O ‘workshop’ incluiu a mostra de alguns produtos agro-alimentares da Guiné-Bissau, para uma divulgação junto de potenciais importadores em Macau.

Entre a oferta apresentada, estavam o fruto da ‘calabaceira’, nome por que é conhecido o embondeiro na Guiné-Bissau, e o ‘veludo’, fruto silvestre, avermelhado e ácido, gerado por uma árvore medicinal daquele país africano. “A mostra foi para verem e conhecerem. Aqueles que já conhecem têm uma porta aberta para poderem investir”, acrescentou Malam Camará.