Segundo a nota, a delegação cabo-verdiana é liderada pela ministra do Turismo, Investimentos e Desenvolvimento Empresarial, Leonesa Fortes, na sequência também de uma visita oficial e de trabalho que efectua no mesmo período à China.
Na reunião, pretende-se analisar as perspectivas da cooperação económica e governamental, apostar na consolidação dos resultados alcançados e discutir novas oportunidades de interesse comum em diversas áreas.
Entre elas, definidas na primeira reunião da Comissão Conjunta, realizada em 2009, figuram o comércio bilateral, bem como a cooperação económica e técnica, na área de investimento, aviação regional, turismo, infra-estruturas e no âmbito do Fórum Macau.
Durante a visita, estão agendadas vários encontros com diversas entidades chinesas, como o China Development Bank (CDB), Eximbank, China National Tourism, China Council for the Promotion of International Trade, Huawei e Câmara de Comércio de Hangzhou, bem como uma visita de cortesia ao presidente da câmara de Xangai.
Leonesa Fortes pretende atrair e possibilitar parcerias entre empresas cabo-verdianas e chinesas interessadas em explorar recursos marinhos, trabalhar na indústria da pedra bruta e ornamental e na exploração do sal, bem como pensar uma alternativa ao financiamento tradicional para os projectos de elevado risco.
Apesar da relação em sentido único do comércio com a China, disse Leonesa Fortes, existem, no contexto da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), diversas oportunidades a explorar e que exigem escala e investimentos, razão por que Cabo Verde quer atrair empresas chinesas a Cabo Verde.
As duas partes vão rever as relações diplomáticas entre os dois países, fazer um balanço do impacto da cooperação chinesa no desenvolvimento económico e social de Cabo Verde e acompanhar as medidas anunciadas pelo Fórum de Cooperação China/África e pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum Macau) e os projetos em execução e em estudo.
Leonesa Fortes indicou que irá apresentar novos projectos à China, sendo que o acesso aos mecanismos de financiamento por via da capitalização dos fundos nacionais poderá vir a constituir uma via alternativa às fontes de financiamento tradicionais para projectos de grande crescimento e elevado risco.