Macau acolhe exposição de pintura de Manuel Cargaleiro

Um total de 40 obras de pintura do artista plástico Manuel Cargaleiro, de 88 anos, vai estar em exposição na Fundação Oriente em Macau a partir de quinta-feira, 10 de Dezembro.

“É uma homenagem que lhe queremos prestar em vida. (…) Os quadros são representativos das várias fases da pintura do Manuel Cargaleiro”, disse a delegada da Fundação Oriente em Macau, Ana Paula Cleto, à agência Lusa.

Intitulada “Manuel Cargaleiro – pintura: 1954-2006”, a exposição reúne exclusivamente obras de pintura, selecionadas pelo artista, em conjunto com a direção do Museu do Oriente.

“Manuel Cargaleiro é considerado um dos artistas mais proeminentes da cultura portuguesa da actualidade e a sua obra abrange cerâmica, pintura, gravura, guache, tapeçaria e desenho. Na sua pintura pode distinguir-se um sentido ornamental e decorativo”, refere a nota informativa da exposição divulgada à imprensa.

Trazer a pintura do artista português até Macau era um objectivo traçado há algum tempo pela Fundação Oriente, mas entretanto foi necessário aguardar pelas necessárias autorizações, explicou Ana Paula Cleto.

A exposição, patrocinada pelo Banco Nacional Ultramarino, vai estar patente na Casa Garden, da Fundação Oriente, até 3 de Março de 2016.

A primeira mostra individual de Manuel Cargaleiro em Macau foi em 1998, um ano antes da transição da administração de Macau de Portugal para a China.

Intitulada “Pintura de Manuel Cargaleiro 1963-1997”, essa mostra reuniu um total de 29 trabalhos no Centro de Arte Contemporânea de Macau.

Manuel Cargaleiro nasceu a 16 de março de 1927, em Chão de Servas, Vila Velha de Rodão, e realizou a sua primeira exposição individual em 1952 em Lisboa. Reside em Paris desde 1959, data em que adquiriu um atelier na capital francesa.

Ao longo da carreira, recebeu vários prémios e distinções em Portugal, Itália e França, incluindo a Ordem da Cruz de Santiago da Espada (1982), o Grau de Officier des Arts et des Lettres pelo Governo Francês (1984), a Grã-Cruz da Ordem do Mérito (1988), e o Prémio Projeto Internacional Museus/Fundações pelos projetos institucionais em Portugal e Itália (2012).

Já este ano, recebeu, em Lisboa, o Prémio Obra de Vida do projecto SOS Azulejo, dedicado à salvaguarda e valorização do património azulejar português e coordenado pelo Museu da Polícia Judiciária.