Parada anual que celebra transferência de Macau para a China com menos artistas

A parada anual que em Macau celebra a transferência do exercício de soberania de Portugal para a China vai realizar-se a 4 de Dezembro com menos artistas do que no ano passado, anunciou o Instituto Cultural (IC).

O “Desfile por Macau, Cidade Latina” – designação do evento anual iniciado em 2011 – vai contar com a participação de 50 grupos, a maioria locais, num total de cerca de 1.200 artistas, menos 300 comparativamente à edição do ano passado.

As histórias do “Clássico das Montanhas e dos Mares” – “um popular clássico da antiguidade chinesa que regista a geografia do mundo antigo, descreve divindades e animais grotescos e narra mitos bizarros, considerado a ‘enciclopédia’ mais antiga da China” – surgem como o pano de fundo da parada.

O cortejo parte, como habitualmente, das Ruínas de São Paulo, o ex-libris de Macau, com destino à praça do Tap Seac, um local amplo com calçada à portuguesa e edifícios históricos.

Este ano há, contudo, uma nova rota, com alguns grupos a partirem do Largo do Senado, “levando ainda mais participantes a juntarem-se à festa”, segundo destacou o IC na conferência de imprensa de apresentação do evento.

Dez dos 50 grupos participantes da “parada latina” vêm de fora, incluindo Espanha (The Robots, Comparsa de Badajoz), França (Plasticiens Volants, Les Peinters Nomades), Itália (Rome Majorettes) ou Uruguai (Revista de Montevideo), mas também da vizinha Hong Kong e da China.

Portugal vai estar representado pelo Ballet Afro Tuga.

O desfile vai custar 15 milhões de patacas, menos um milhão de patacas do que no ano passado.

O IC afirmou acreditar que a redução não vai ter influência na qualidade do desfile, esperando um aumento de 20 a 30 por cento na audiência que, em 2015, foi estimada em 100 mil pessoas.

O “Desfile por Macau, Cidade Latina” vai coincidir com a realização da Maratona Internacional de Macau e do Festival de Luz.