Músico João Caetano e jornalista Joaquim Furtado em Macau

O músico João Caetano e o jornalista Joaquim Furtado fazem parte da programação cultural deste ano do “Junho, mês de Portugal”, uma iniciativa que decorre pelo segundo ano em Macau.

Até 2 de Julho, uma dezena de espaços da cidade, “muitos deles património de origem portuguesa”, acolhem os cerca de 20 eventos que pretendem “ir além” das comemorações tradicionais do Dia de Portugal, como o içar da bandeira e a romagem à gruta de Camões, destacou o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Vítor Sereno.

No ano passado, o consulado anunciou o lançamento do programa “Junho, mês de Portugal”, que ia passar a concentrar nesse período um conjunto de eventos de cariz cultural para assinalar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. “A imagem e a marca são tudo. Os franceses têm o seu ‘French May’, nós temos uma vontade indómita de fazer coisas (…) e queremos que Junho seja o mês de Portugal”, disso Vítor Sereno, sublinhando o desejo que a iniciativa se torne permanente.

Para assinalar a ocasião foi criado um ‘pin’, que será distribuído na recepção à comunidade portuguesa da residência consular, no dia 10, que diz “Junho, mês de Portugal”, em português e chinês, com as cores nacionais.

O ‘cabeça de cartaz’ deste ano é o músico João Caetano, que volta a tocar na cidade onde cresceu no dia 2 de Junho, no Centro Cultural de Macau. “Vai ser um grandessíssimo concerto”, prometeu Amélia António, presidente da Casa de Portugal em Macau, uma das entidades que integra a comissão organizadora, juntamente com o Instituto Português no Oriente (IPOR) e a Fundação Oriente.

Vítor Sereno destacou ainda a vinda de Joaquim Furtado, “um monstro sagrado do jornalismo português”, que no dia 13 de Junho realiza um seminário no IPOR.

Do programa faz também parte o espectáculo teatral “No Precipício Era o Verbo” (dia 4 de Junho), a exibição de filmes do programa do festival Indie Lisboa e cinco exposições: “Nocturno” de Filipe Miguel das Dores, “O Mar” de Ana Pessanha, uma mostra de pintura portuguesa com Alfredo Luz, Cruzeiro Seixas e João Paulo, uma exposição colectiva de gravuras da Casa de Portugal e uma mostra do cartoonista Rodrigo de Matos.

No dia 9, é lançado o CD infantil “Castelos no Ar” que consiste em poemas portugueses de autores consagrados, como Fernando Pessoa, musicados por colaboradores da Casa de Portugal.

A pensar nos mais pequenos, a companhia de teatro “Cabeça no ar, pés na terra” vai desenvolver um programa com seis escolas para a apresentação de uma peça. No entanto, a actividade decorre na próxima semana já que, devido a dificuldades de calendário da companhia, não foi possível inseri-la na programação do “Junho, mês de Portugal”.

Inseridas no evento estão também uma feira gastronómica e de vinhos no Clube Militar, com a presença do ‘chef’ José Júlio Vintém, e uma feira do livro na Livraria Portuguesa, com descontos de 20% em todos os produtos.

O consulado-geral e o IPOR asseguram também a transmissão de todos os jogos de Portugal na Taça das Confederações e repetem a exibição de um cartaz gigante no consulado a apoiar a equipa nacional.

A 31 de Maio, o artista português Vhils inaugura uma exposição individual, a convite do Instituto Cultural de Macau. Apesar de não estar oficialmente inserida na programação do “Junho, mês de Portugal”, a mostra foi aplaudida por Sereno. “Esperamos que passem por estes eventos mais de 5.000 pessoas”, estimou o cônsul-geral. Só na recepção na residência consular estiveram, no ano passado, cerca de 1.250 pessoas, indicou.

No total, espera-se que o orçamento seja semelhante ao do ano passado, cerca de um milhão de patacas.