Proteção do património é prioridade da nova presidente do Instituto Cultural de Macau

A nova presidente do Instituto Cultural (IC) de Macau, Mok Ian Ian, afirmou, ao tomar posse, que as prioridades para este ano são a protecção do centro histórico e a classificação dos estaleiros de Lai Chi Vun.
As prioridades do IC para este ano, em termos de protecção do património cultural, são “o plano de salvaguarda e gestão do centro histórico de Macau – património mundial – e o procedimento da classificação dos estaleiros navais de Lai Chi Vun”, disse aos jornalistas Mok Ian Ian, sucessora no cargo de Cecília Tse Heng Sai, que pediu demissão por motivos de saúde a 29 de Janeiro.

Antes, no discurso de posse, a nova responsável tinha sublinhado que as “vantagens geográficas únicas” de Macau, do regime “um país, dois sistemas” e da rica história da humanidade, vão permitir ao IC um bom desempenho no trabalho de construção do centro de intercâmbio cultural sino-português.

O IC desempenha o papel e a função que “Macau tem assumido – uma base de cultura predominante chinesa com a coexistência de elementos multi-culturais”, acrescentou.

Além disso, como “ponto de partida e uma meta dos trabalhos do IC”, Mok Ian Ian destacou a integração nos desenvolvimentos regionais e do país, a participação activa na cooperação inter-disciplinar e o aumento do nível de cooperação.

O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura lembrou, na sua intervenção, as “grandes expectativas” em relação Mok Ian Ian, que também considera como trabalho prioritário a protecção do património cultural tangível e intangível de Macau.

“Apesar de ser uma cidade muito pequena, as actividades culturais predominam em Macau”, afirmou Alexis Tam, que sublinhou a necessidade de “promover os trabalhos de criatividade cultural e de apoio aos artistas locais”, sem esquecer a promoção da gastronomia de Macau.

É preciso “construir Macau como uma cidade especial, com a sua singularidade, e diferente dos outros territórios”, concluiu.

Mok Ian Ian ingressou na função pública em 1994, no GCS, e trabalhou, de 2001 a 2011, na delegação da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) em Pequim na área de promoção cultural e relações com os ‘media’.

Entre Julho de 2015 e Abril de 2017, foi membro do Conselho de Administração do Fundo das Indústrias Culturais, tendo regressado, em Abril passado, ao GCS. Autora de renome, é mestre e doutorada em Ciência de Teatro Chinês pela Universidade de Nanjing e licenciada em Jornalismo Internacional pela Universidade de Jinan.