Confúcio de Macau com “papel de liderança” na lusofonia

A funcionar deste 2018, o Instituto Confúcio da Universidade de Macau soma já cerca de dois mil estudantes matriculados desde o seu estabelecimento. A unidade surgiu no âmbito do esforço do Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) em participar na iniciativa chinesa “Uma Faixa, Uma Rota”, alinhando-se com o objectivo de transformar o território numa plataforma internacional de ensino da língua chinesa, em especial para os países de língua portuguesa.

Entre os factores que contribuem para a importância do Instituto Confúcio da Universidade de Macau, o vice-director Chen Zhong destaca o facto de permitir “uma maior compreensão mútua entre pessoas com culturas diferentes” a viver na RAEM. Mas o responsável também salienta que o instituto ajuda a aumentar a “cooperação na economia, comércio e tecnologia, reduzindo mal-entendidos”.

A rede de cerca de 20 Institutos Confúcio no universo lusófono, alguns com mais de uma década de existência, é para Chen Zhong a prova da importância do programa Instituto Confúcio. “É óbvio que a necessidade, para estudantes de chinês, de novas oportunidades, impulsionou e manteve continuamente a existência de tantos Institutos Confúcio nos países de língua portuguesa.”

Macau desempenha, segundo o responsável, “um papel de liderança na colaboração” entre os vários Institutos Confúcio no espaço lusófono. O conjunto de recursos para o ensino da língua que disponibiliza online, através da página da biblioteca da Universidade de Macau, é um dos exemplos desse papel. “Esse projecto é em resposta a um pedido dos Institutos Confúcio dos países de língua portuguesa”, elaborado na conferência internacional dos Institutos Confúcio de 2019, conta, acrescentando que uma segunda fase do projecto está a ser desenvolvida.