A experiência dos países de língua portuguesa desempenhará um papel importante no desenvolvimento da indústria de tecnologia de ponta em Macau, de acordo com o Plano de Desenvolvimento da Diversificação Adequada da Economia da Região Administrativa Especial de Macau.
Em Dezembro de 2022, as autoridades de Macau, da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin e de Zhuhai acordaram em estabelecer conjuntamente o “Centro de Cooperação e Intercâmbio de Ciência e Tecnologia entre a China e os Países de Língua Portuguesa”. O centro pretende integrar recursos relevantes das três regiões para atrair empresas tecnológicas de elevada qualidade dos países de língua portuguesa para Macau e Hengqin.
Desde a criação desta estrutura, a Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT), responsável pelas actividades do centro em Macau, tem facilitado diversas iniciativas. Entre elas o “Concurso de Inovação e Empreendedorismo (Macau) para as Empresas de Tecnologia do Brasil e de Portugal” e outras actividades promocionais para empresas tecnológicas dos dois países. A DSEDT também organizou visitas de representantes de empresas tecnológicas de países lusófonos a Macau, Hengqin e outras cidades da Grande Baía, bem como visitas de representantes da indústria de Macau e Hengqin a Portugal.
Até 2028, o Governo da RAEM pretende alcançar um número acumulado de 20 equipas de inovação tecnológica do Brasil e Portugal, atraindo-as a instalarem-se em Macau e Hengqin, ou a cooperarem com equipas da Grande Baía.
De acordo com a DSEDT, após uma visita de empresas de inovação tecnológica dos países de língua portuguesa à Grande Baía, realizada no ano passado, duas empresas lusófonas decidiram abrir uma representação em Macau. Além disso, incubadoras e instituições tecnológicas de países lusófonos assinaram três acordos de cooperação com congéneres de Macau durante a visita, avançou o departamento governamental.
A DSEDT compromete-se a continuar a atrair empresas e projectos tecnológicos de destaque dos países de língua portuguesa para se instalarem em Macau e Hengqin. A iniciativa, frisa o organismo, tem “como objectivo facilitar as ligações entre projectos tecnológicos, universidades, empresas tecnológicas e fontes de financiamento dos países de língua portuguesa e da Grande Baía para criar mais oportunidades de cooperação”.
