Turismo | Regresso à Rota da Seda

A terceira edição do Fórum de Economia de Turismo Global reuniu cerca de mil delegados e 40 responsáveis ministeriais em Macau, em Outubro, que discutiram as tendências e os desafios para o crescimento da indústria na Ásia. A RAEM quer recuperar o seu papel como ponto central da Rota Marítima da Seda

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A região Ásia-Pacífico deverá receber 30 por cento do total de turistas internacionais até 2030, o que corresponde a 535 milhões de chegadas, segundo dados da Organização Mundial do Turismo (OMT). Os números, divulgados durante a terceira edição do Fórum de Economia de Turismo Global realizado em Macau, no mês de Outubro, surgem no relatório anual sobre as tendências do turismo na Ásia, que aponta que a região registou em 2013 um forte crescimento no fluxo de turistas, com um total de 248 milhões de chegadas, equivalente a cerca de 23 por cento do total mundial. Entre os destinos de eleição surge em primeiro lugar a China, seguindo-se Tailândia, Malásia, Hong Kong e Macau.

O Fórum, que este ano adoptou o tema “Rota da Seda Marítima – Partindo de Macau”, concentrou-se sobretudo na cooperação intercontinental e as oportunidades de negócios com os países da Rota da Seda Marítima. O Chefe do Executivo da RAEM, Chui Sai On, salientou que o território ocupa um papel central no turismo da região e que, por isso mesmo, o Governo “está empenhado em agarrar a oportunidade trazida pela Roda da Seda Marítima do século XXI”. Neste sentido, e ao mesmo tempo em que é solidificado e aumentado o potencial ao nível da indústria turística, “aceleramos a criação de um turismo integrado e o desenvolvimento de novos sectores, movendo esforços para impulsionar uma diversificação moderada da economia”.

Estiveram presentes 40 oficiais ministeriais, líderes de corporações mundiais, especialistas e académicos, para “encetar um debate e análise de fundo e formular soluções inovadoras para a prosperidade sustentável da região da Rota da Seda Marítima”, referiu a organização. Este ano o evento atraiu perto de mil delegados provenientes de 29 países de todo o mundo, além de delegações de quatro províncias e regiões autónomas do Interior da China parceiras do Fórum. Para além de Chui Sai On, o evento contou ainda com a presença do vice-presidente do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) e presidente do Fórum de Economia de Turismo Global, Edmund Ho, que destacou o turismo como “uma indústria pilar estratégica do país, e também um elemento imprescindível para impulsionar a criação de uma faixa económica ao longo da nova Rota da Seda Marítima”.

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Esta foi a terceira vez consecutiva que o evento decorreu em Macau, o que possibilita a região desempenhar ainda mais o seu papel de plataforma regional. Para Maria Helena de Senna Fernandes, directora dos Serviços de Turismo de Macau, o Fórum também serve para uma troca aprofundada de experiências e desafios e ajuda Macau a aprender mais sobre a indústria, de forma “a atingir a meta de erguer um centro mundial de turismo e lazer”. Pansy Ho, vice-presidente e secretária-geral do Fórum de Economia de Turismo Global, enfatizou que o evento “mostra a importância de Macau na antiga Rota da Seda Marítima”, pretendendo, através do desenvolvimento da economia do turismo, “incentivar os vários países do mundo para uma cooperação mútua e benéfica”.