O Festival Internacional de Curtas de Macau visa estimular a produção de curtas-metragens

Partilha de conhecimento: a génese do sucesso

Num percurso de duas décadas, foram muitos os momentos que marcaram a história do Creative Macau. Entre os momentos significativos, Lúcia Lemos enumera alguns dos projectos que mais se destacaram: a criação da plataforma BC LINK, o projecto “BLUEPRINT” e o Festival Internacional de Curtas de Macau.

O BC LINK foi estabelecido como uma plataforma para pequenas empresas que procuravam ideias não convencionais para um mercado pequeno e específico, procurando preencher um vazio na ligação entre o sector empresarial e as indústrias criativas.

O projecto artístico cultural especial “BLUEPRINT” foi criado para abrir um canal de comunicação entre artistas e instituições de apoio, disponíveis a transmitir conhecimentos do mundo artístico à comunidade. “Esse programa foi constituído por seminários e workshops com várias vertentes artísticas no espaço do Creative Macau com oradores de Macau, Hong Kong, Interior da China, Inglaterra e Holanda. Foram debates de pensamento críticos sobre a produção artística, relevantes e importantíssimos na aquisição de mais conhecimento”, aponta Lúcia Lemos.

Outro marco foi o Festival Internacional de Curtas de Macau, realizado anualmente desde 2010 numa sala de cinema em Macau, com a 14.ª edição do evento a ter lugar entre 5 e 13 de Dezembro do corrente ano.

“O festival deu-nos a possibilidade de encontrarmos uma saída para comunicarmos corporativamente a nível internacional. Este é o evento mais sustentável de encontros de intercâmbio cultural e criativo”, salienta a coordenadora do espaço. “É bastante surpreendente o número de participantes realizadores de Macau que submetem os seus filmes.” 

Muitos realizadores de Macau foram vencedores dos prémios “Melhor Entrada Local” e “Identidade Cultural de Macau” na Competição Internacional de Curtas-metragens, parte do festival.

“Devido à boa qualidade do seu trabalho, convidámo-los a envolverem-se na participação de actividades durante o festival, assumindo o papel de júri, desempenhando funções de curadoria, como entrevistadores e partilhando experiências profissionais, dando-lhes oportunidade de elevar o seu portfólio”, conta Lúcia Lemos.  

A coordenadora destaca também um protocolo estabelecido com Portugal, em 2009, visando o acolhimento em Macau de estudantes universitários na área de gestão das artes e da cultura.