De acordo com estatísticas dos Serviços de Alfândega da China, divulgadas pelo Secretariado Permanente do Fórum Macau, a segunda maior economia mundial comprou aos oito países lusófonos bens avaliados em 36,3 mil milhões de dólares (26,7 mil milhões de euros) – mais 11,63% – e vendeu produtos no valor de 17 mil milhões de dólares (12,5 mil milhões de euros), reflexo de uma subida de 4,56% em termos anuais.
O Brasil manteve-se como o principal parceiro económico da China, com o volume global das trocas comerciais a ascender a 34,17 mil milhões de dólares (25,1 mil milhões de euros) até Maio – mais 8,58% comparativamente aos primeiros cinco meses de 2013.
As exportações da China para o Brasil cifraram-se em 13,48 mil milhões de dólares (9,9 mil milhões de euros), enquanto as importações chinesas totalizaram, entre Janeiro e Maio, 20,68 mil milhões de dólares (15,2 mil milhões de euros), valores que traduzem, respectivamente, aumentos anuais de 1,56% e 13,71%.
Com Angola, o segundo parceiro chinês no universo lusófono, as trocas comerciais cresceram 8,46% para 16,49 mil milhões de dólares (12,1 mil milhões de euros).
Pequim vendeu a Luanda produtos avaliados em 1,71 mil milhões de dólares (1,2 mil milhões de euros) – mais 10,39% – e comprou mercadorias no valor de 14,78 mil milhões de dólares (10,86 mil milhões de euros) – mais 8,24% – face aos primeiros cinco meses do ano passado.
Com Portugal, terceiro parceiro da China na lusofonia, o comércio bilateral cresceu 25,71% para 1,89 mil milhões de dólares (1,38 mil milhões de euros) – graças à forte subida das exportações chinesas (28,76%) que atingiram 1,23 mil milhões de dólares (904,5 milhões de euros), numa balança comercial favorável a Pequim, já que Lisboa comprou bens avaliados em 663,2 milhões de dólares (487,7 milhões de euros), mais 20,42% em termos anuais homólogos.
Ao nível do comércio bilateral com a China, verificaram-se aumentos anuais com todos os países de expressão portuguesa entre janeiro e maio, destacando-se o crescimento das trocas comerciais com a Guiné-Bissau (134,8%) e com São Tomé e Príncipe (64,17%), num quadro em que apenas as trocas comerciais com os dois maiores parceiros – Brasil e Angola – não registaram um crescimento a dois dígitos.
Só no mês de Maio, as trocas comerciais bilaterais entre a China e os países lusófonos totalizaram 12 mil milhões de dólares (8,82 mil milhões de euros), traduzindo um decréscimo de 1,89% face ao mês anterior.
A queda mensal ficou a dever-se ao recuo das importações da China aos países de Língua Portuguesa, que caíram 4,14% para 8,37 mil milhões de dólares (6,15 mil milhões de euros), por oposição às exportações, que totalizaram 3,63 mil milhões de dólares (2,66 mil milhões de euros), subindo 3,71% comparativamente a Abril.