Macau e Zhuhai querem comércio livre de Guangdong em Hengqin

Os Governos de Macau e Zhuhai, a Zona Económica Especial chinesa adjacente a Macau, assinaram um acordo de cooperação para instalarem na ilha da Montanha a Zona Experimental de Comércio Livre de Guangdong.

 

A província de Guangdong, onde se incluem os territórios de Zhuhai e da ilha da Montanha, adjacente a Macau.

Leong Vai Tac, Secretário da Economia e Finanças, e o Governador Municipal de Zhuhai, Jiang Ling assinaram, em nome dos dois governos a “criação de mecanismo de cooperação Zhuhai-Macau para a construção da área de Hengqin (ilha da Montanha) da Zona Experimental de Comércio Livre de Guangdong, que tem por objetivo o reforço de comunicação e contacto em prol da construção da zona experimental de comércio livre da ilha da Montanha”, refere uma nota oficial.

O governante de Macau salientou que a construção da zona de comércio livre “corresponde absolutamente às necessidades do desenvolvimento de Macau e às exigências estratégicas do estreitamento da cooperação Guangdong-Macau, pelo que o Governo da Região, em conjunto com as empresas e a população locais, irão apoiar e participar ativamente nos projetos de construção daquela área”.

Por outro lado, acrescentou ainda, a abertura de serviços e as normas legais permitidas na zona de comércio livre, são um caminho que fomentará o “processo de liberalização” entre a ilha da Montanha e Macau no domínio do comércio.

À semelhança do que acontece com Taiwan, tanto Macau como Hong Kong possuem um espaço limitado de desenvolvimento fruto das limitações territoriais. Com pouco mais de 33 quilómetros quadrados, Macau tem procurado, na ilha da Montanha, alguns polos de desenvolvimento como a instalação da Universidade de Macau.

A participação de Macau em polos de desenvolvimento na China tem sido, também, potenciada no quadro da plataforma que Macau desempenha para os países de língua portuguesa, um mecanismo “determinado” pela China para reforçar a ligação à Lusofonia que tem dado frutos, essencialmente, no capítulo comercial.