Macau recebe Ano do Macaco com desfile de dragão gigante

O dragão dourado, que anualmente dá as boas vindas ao novo ano chinês em Macau, foi brindado com um dia de sol que levou multidões a acompanhar o desfile das Ruínas de São Paulo ao Largo do Senado.

Ao fim da manhã, e após duas semanas de frio e chuva, o sol de inverno iluminava toda a escadaria das Ruínas de São Paulo, o ex-líbris de Macau, onde um dragão de 238 metros aguardava o momento em que ganharia vida, juntamente com os 12 leões que o acompanhavam, além de figuras alusivas aos signos do zodíaco chinês.

A fachada da antiga Igreja da Madre de Deus, tudo o que sobrou após o incêndio de 1835, voltou a ser testemunha da cerimónia da vivificação do dragão, em que os olhos da criatura mitológica são pintados, dando-lhe vida no primeiro dia do ano novo.

O dragão, erguido por dezenas de pessoas, seguiu então rua abaixo, escamas douradas a brilhar, até à principal praça de Macau, o Largo do Senado, entre uma multidão que se acotovelava para conseguir fotografar o desfile.

Sendo este o Ano do Macaco, os Serviços de Turismo recordam que este animal “simboliza inteligência e auspício”, pelo que desejam que ofereça aos residentes de Macau “inteligência e flexibilidade para reagir a mudanças e desafios”, após o segundo ano de queda nas receitas dos casinos, principal motor da economia local.

Chegado ao Senado, decorado a rigor com as tradicionais lanternas chinesas, o dragão foi recebido com um estrondoso rebentar de panchões (cartuchos de pólvora), seguido da distribuição de ‘lai-sis’ – pequenos envelopes vermelhos com dinheiro que se trocam nesta época festiva – pelos ‘Deuses da Fortuna’ e alguns dirigentes do Governo de Macau, como desejo de boa sorte, prosperidade e abundância.

Tal como em anos anteriores, a prenda dos Serviços de Turismo foi apenas simbólica, já que em cada envelope estava apenas uma moeda de 10 avos (cerca de 1 cêntimo).